Em 2018 foi lançada a Chamada Pública CNPq/MCTIC/CAPES/FNDCT Nº 21/2018 – PROANTAR no valor de R$ 18 milhões. Do total, R$ 7,1 milhões são do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e R$ 2,9 milhões do orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Já o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) destinou R$ 1,5 milhão para o edital, enquanto a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) aportou R$ 5,7 milhões. Recursos oriundos de Emenda Parlamentar (Frente Parlamentar Mista de Apoio ao PROANTAR) no valor de R$ 800 mil. O edital tem vigência de 48 meses, e os recursos serão pagos ao longo do período. Também vigente o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia: o da Criosfera, exclusivo com o desenvolvimento de atividades científicas antárticas.
A Chamada 21/2018 selecionou 20 projetos de pesquisa para atuarem na antártica. São eles:
Nome do projeto | Instituição | |
1 |
REDE TERRANTAR: Permafrost, solos, Mudanças Climáticas e teleconexões na Antártica e Andes meridionais (PERMACLIMA) |
Universidade Federal de Viçosa |
2 |
Variabilidade quimica e climatica nos registros dos testemunho de gelo da geleira da Ilha Pine – Manto de Gelo da Antartica Ocidental (CRIOSFERA) |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul |
3 |
Estudo Geofisico da Geleira Pine e da sua Interface Gelo—Rocha (GEOPINE) |
Universidade Federal do Pará |
4 |
Respostas do Ecossistema Pelágico as Mudanças Climáticas no Oceano Austral – EcoPelagos |
Universidade Federal do Rio Grande |
5 |
Processos de Ventilação Oceânica e Ciclo do Carbono no Norte da Peninsula Antartica (PROVOCCAR) |
Universidade Federal do Rio Grande |
6 |
Interacao gelo marinho-oceano-atmosfera-ondas no setor Atlantico do Oceano Austral e a relacao com o Clima da America do Sul (ATMOS) |
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais |
7 |
Evolucao climatica do Paleoceno-Mioceno: conexoes entre o Oceano Austral e a Peninsula Antartica (PALEOCLIMA) |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos |
8 |
Esponjas como biosensores de mudancas globais e como fonte para inovacao em biotecnologia (MICROBIOMAS) |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
9 |
Micologia Antartica II: Catalogo de fungos da Antartica para estudos de sistematica, dispersao e conexoes com a America do Sul e bioprospeccao de substancias para uso na medicina, industria e agricultura (MYCOANTAR) |
Universidade Federal de Minas Gerais |
10 |
Biocomplexidade e Interacoes Fisico-Quimico-Biologicas em Multiplas Escalas no Atlantico Sudoeste (MEPHYSTO) |
Universidade Federal de Pernambuco |
11 |
PALEOANTAR – Paleobiologia e Paleogeografia do Gondwana Sul: Inter-relacoes entre Antartica e America do Sul |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
12 |
As multiplas faces do carbono organico e metais no ecossistema subantartico: variabilidade espaco-temporal, conexoes com fatores ambientais e a transferencia entre compartimentos (CARBMET) |
Universidade Federal do Paraná |
13 |
Evolucao Paleoambiental e Paleoclimatica da Peninsula Antartica: Correlacao entre as margens Oriental e Ocidental e America do Sul com base na Paleoflora (PALEOFLORA) |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
14 |
Brio-tecnologia antartica como alternativa para producao de medicamentos. (NEVA) |
Universidade Federal do Pampa |
15 |
Dimensões da Saude Mental no Isolamento Antartico: Estudos dos Processos Afetivo-Cognitivos, dos Diagnósticos e do Modelo Preventivo e de Assistência Presencial e Remota (Apoio Matricial) (SAUDEANTAR) |
Universidade Federal Fluminense |
16 |
Medicina, Fisiologia e Antropologia Antartica – Sobrevivendo no limite : da Fisiologia de Extremos a gestao da saude na Antartica (MEDIANTAR) |
Universidade Federal de Minas Gerais |
17 |
Um novo continente para estudos em saude (- FioAntar): Microbiota e Virus Antarticos, seu potencial patogenico e biotecnologico, e sistemas de deteccao de possiveis impactos no futuro para a saude humana e animal. (FIOANTAR) |
Fundação Oswaldo Cruz |
18 |
Conexões bênticas em altas latitudes do hemisfério sul – (BECOOL) |
Universidade de São Paulo |
19* |
Análise do genoma e avaliação dos potenciais anticâncer, antimicrobiano e antioxidante de briófitas presentes na Antártica e suas aplicações biotecnológicas (BRIOTECH) |
Universidade Católica de Brasília |
20** |
Evolução e dispersão de espécies antárticas bipolares de briófitas e liquens |
Universidade de Brasília |
* Projeto P002 contratado via Acordo de Cooperação Técnica CNPq-UCB
** Projeto P002 contratado via Acordo de Cooperação Técnica CNPq-UnB
Além desses 20 projetos, temos um Instituto Nacional de C&T – o INCT da CRIOSFERA cujo objetivo principal é integrar a comunidade científica nacional que investiga o papel das geleiras, manto de gelo, gelo marinho e permafrost na Antártica e nos Andes.
Somando todas as equipes dos projetos de pesquisas e do INCT da CRIOSFERA, temos uma composição de centenas de doutores (pesquisadores com bolsa de produtividade em pesquisa do CNPq e outros provenientes de instituições internacionais), mestres, graduados e alunos de graduação e dezenas de instituições de várias regiões do Brasil e dezenas de instituições internacionais.
Outros investimentos mais recentes em pesquisa foram realizados. A Chamada lançada em 2013 (vigente até verão 2018/2019), Edital MCTI/CNPq nº 64/2013, foram aprovados 20 projetos de pesquisa. O valor global do edital foi de R$ 13.800.000,00 (Treze milhões e oitocentos mil Reais) em três anos. Com recursos provenientes de Ação Transversal do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e de recursos orçamentários do Programa n° 2046 – Mar, Zona Costeira e Antártida, do Plano Mais Brasil (PPA 2012-15).
No ano de 2016, o MCTIC alocou como recursos adicionais para os projetos vigentes no valor de R$ 550 mil para viabilizar as campanhas de campo e para a concessão de bolsas. Além disso, o INCT da Criosfera recebeu repasse de R$ 160 mil para manutenção e ampliação do módulo Criosfera visando o aumento da qualificação e produtividade científica, técnica e operacional da equipe nacional atuante no manto de gelo antártico.
O MCTIC também apoiou com recursos financeiros da ordem de R$ 4 milhões para obras e aquisição de material para pesquisas na Antártica nos navios antárticos, Navio Polar Almirante Maximiano e Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel.
Em 2017 foram alocados pelo MCTIC e CNPq o valor total de R$ 1.553.827,92 para continuidade de pesquisas científicas na região antártica e cumprimento dos objetivos dos projetos contratados pela Chamada MCTI/CNPq/FNDCT nº 64/2013.
Todas as Chamadas Públicas de Projetos do MCTI estão em DOCUMENTOS.